quarta-feira, 12 de julho de 2017

FAGULHAS - Cacique Juvenal Payayá

O suor sentido no limo da rocha azul
Apesar do bronze que a prolonga;
A estação fria dorme e desperta
Com o vespeiro da estação da luz;

O guerreiro não cansa a pelo sem a sela
E mais ágil se indomável é o ginete;
Na caverna o rio domina as trevas,
Nos palácios a trovoada silencia;

Não há fragmento sem saudades,
É o corpo o fragmento da mente;
Recortado, fragmentos da rocha azul
Acomodam-se por instante na vidraça;

É a estação da luz que fragmenta as vidraças,
Ressurge nas pressões contra  palácios
Cavalgando a longe no impulso do trovão.
Solitário o rio vence as trevas das cavernas;

Kurumin, livre fragmentos de vidraça
Rompendo cavernas, úmidas selvas,
Fagulha saudosa de vingança doce
Nos pés suados nos palácios de verão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário